CEHIC

  Por que a Quaresma de São Miguel está sendo tão criticada? Raul Zancan Stefanichan  Não é a primeira vez que o povo fica sem reação. Desta vez os fiéis estão quebrando a cabeça tentando encontrar as insondáveis razões por trás da postura de uma boa parte do clero que, sabe Deus porquê, tem olhado para a Quaresma de São Miguel com grande suspeita e até mesmo repulsa.  Verdade seja dita, não é totalmente novo que alguém considere São Miguel uma ameaça: nunca foi do feitio do Arcanjo fugir de uma briga; não é novidade também que ele tenha arrumado bem mais que um ou dois inimigos no caminho, ossos do ofício. Mas pondo à parte o antigo ódio espiritual – sem dúvidas sempre presente e marcando ponto também em nossa questão –, fica difícil imaginar uma outra razão para problematizar algo tão natural, tão normal, tão simples quanto a ação devocional ao anjo.  De fato, a implicância em relação a uma oração – assim como vários outros fenômenos que vemos despontando com cada vez mais frequência

  Análise: Ideias Católicas no Brasil: Direções do pensamento católico do Brasil no séc. XX Dom Odilão Moura – OSB A perspectiva libertária tem dominado o campo das discussão a respeito da historiografia eclesiástica na América Latina. E o caso do Brasil não tem sido uma exceção. Isso ocorre devido a uma nítida carência de obras históricas sobre o desenvolvimento do pensamento católico em nosso país a partir de perspectivas metodológicas independentes da abordagem libertária. Nessa sentido, o trabalho de Dom Odilão Moura constitui uma valiosa contribuição para a discussão do tema. Embora o autor diga não pretender exaurir o assunto, seu livro contém uma valiosa documentação para quem pretenda aprofundar-se na pesquisa, além de uma lúcida crítica a respeito de um amplo leque temático. Merece destaque na obra sua proposta de periodização: 1. [1889-1921] – Período de Definição Doutrinária e de Reação Polêmica  2. [1921-1962] – Período de Aprofundamento Doutrinário e de Penetração do Pensa

  Análise: Igreja Popular Dom Boaventura Kloppenburg  – OFM A década de 70 é fundamental para a compreender formalização do movimento libertário. A tentativa de utilizar as Conferências de Medellín (1968) e Puebla (1979) como símbolos de legitimação foi uma das principais táticas para que as ideias libertárias fossem aceitas dentro da instituição. É neste contexto que se insere o valor ímpar da obra de Dom Boaventura Kloppenburg. Enquanto Reitor do Instituto Pastoral do CELAM, Boaventura sentiu de perto o desconforto que assolou a cúpula dos bispos da América Latina no período pós-Medellín. Havia um sentimento mais ou menos geral – notem: muito antes do testemunho de Mihai Pacepa – de que a Conferência estava sendo usada para finalidades externas às da Igreja. Após a eleição de Dom Trujillo, em 1972, como secretário geral do CELAM, os bispos se ocuparam em tentar compreender mais claramente o que estava ocorrendo. No fio desta investigação o CELAM se deparou com um movimento chamado de

  O CEHIC é um centro de estudos dedicado a promover a pesquisa e a discussão a respeito da história e do desenvolvimento do pensamento católico no Brasil. Nosso objetivo é oferecer um espaço livre para fomentar o diálogo, a troca de ideias e a divulgação das mais variadas pesquisas a respeito da história da Igreja em nosso país. Essa iniciativa nasce também com o propósito de reunir em um só lugar o resultado das investigações que temos realizado desde o início de nossos trabalhos, em 2019. Queremos expor aqui de uma forma mais sistemática o conteúdo dos cursos, apostilas e artigos elaborados nestes cinco anos de caminhada. Como sempre, colocamos essa nova iniciativa sob a proteção de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, certos de seu constante cuidado e intercessão por aqueles que buscam acima de tudo a luz da Verdade. Raul Zancan Stefanichan 17/09/2024 Contato: cehicbr@gmail.com